Como Utilizar o Metrô de Londres?

Vai à Londres e pretende usar o metrô? Então não perca esse post, que trará várias informações úteis de como ele funciona e dicas de uma turista que já o utilizou.

Metrô de Londres

Metrô de Londres

O metrô de Londres é, sem dúvida, um dos serviços mais eficientes e abrangentes que já vi. É impressionante: para qualquer canto que você vá da cidade, muito provavelmente se deparará com alguma estação nas imediações.

Além de ser um dos metrôs mais antigos do mundo (começou a operar em 1863), é também o mais extenso: são cerca de 268 estações e 400 km de trilhos – grande parte deles correndo no subterrâneo da cidade.

O nome oficial é Underground. Mas devido ao formato circular dos túneis e do trem, lembrando um tubo, a população costuma mesmo chamá-lo pelo seu apelido: Tube.

As estações arredondadas do Tube

As estações arredondadas do Tube

Neste post, trarei várias informações úteis sobre como utilizar o metrô de Londres. E também algumas impressões e dicas baseadas na minha experiência, para que você não entre em nenhuma furada quando for andar no mais famoso metrô do mundo.

Informações Gerais

Quem vai visitar Londres por conta própria, é quase certo que acabará utilizando o metrô, devido à praticidade que o serviço oferece.

E a população londrina também não fica atrás. Todo mundo vai pra cima e pra baixo de Tube. Me arrisco a dizer que ele é muito mais requisitado que o próprio ônibus, um dos símbolos da cidade. E não é pra menos: o Underground realmente é eficiente e te leva pra qualquer lugar.

O metrô londrino é gerido pelo órgão do governo chamado Transport for London (ou TfL) que também administra outros meios de transporte público da cidade, como o ônibus, o DLR, entre outros.

O site oficial deles é bem interessante e oferece uma série de informações úteis, como mapas, tarifas das passagens, se há alguma restrição no serviço e etc.

LINHAS: O metrô de Londres possui 11 linhas, caracterizadas por cores e nomes diferentes. Elas cruzam entre si, fazendo um perfeito sistema de integração.

Não importa o ponto da cidade que você esteja: sempre haverá um meio de chegar a qualquer lugar utilizando o Tube.

As linhas e estações estão representadas num mapa esquemático, desenvolvido pelo TfL, que nos informa os itinerários e as possíveis baldeações. Quem o olha pela primeira vez pode achar um pouco complicado, mas na verdade, é bem mais simples do que parece.

Mapa do metrô de Londres (feito pelo TfL)

Mapa do metrô de Londres (feito pelo TfL)

Uma coisa que achei interessante é que esse mapa parece ser motivo de orgulho para os londrinos, já que ele aparece estampado em vários souvenires: é almofada, camiseta, mouse pad, caneca, imã de geladeira, pano de prato, guarda-chuva, gravata, toalha, pijama... Tem tudo o que você possa imaginar, até cueca e calcinha!

Apesar desse emaranhado todo de linhas, por incrível que pareça não há congestionamentos de trens.

Vários fatores contribuem pra isso, dentre eles o fato de as linhas estarem distribuídas em diferentes níveis no solo (evitando o encontro constante dos trens) e também por que cada linha tem as suas próprias plataformas – com algumas exceções, como por exemplo a Circle Line (amarela) e a District Line (verde), que muitas vezes compartilham a mesma plataforma.

SEGURANÇA: Me senti bastante segura ao circular pelo metrô de Londres. Há vários policiais perambulando pelas plataformas e em pontos estratégicos das estações, sempre visando a segurança de quem passa por ali.

Mas é claro, como em toda metrópole e em todo lugar em que circula milhares de pessoas por dia, é preciso ter atenção com os “batedores de carteira”. Vigie suas bolsas e mochilas, não coloque a carteira no bolso de trás da calça, guarde bem o passaporte e o dinheiro em lugar seguro. Não deixe os cuidados básicos no Brasil, achando que em Londres não tem dessas coisas...

TEMPO DE ESPERA PELO TREM DO METRÔ: Uma coisa que eu achei interessante é que, na maioria das vezes, eles vem em intervalos bem curtos, ou seja, quase não é preciso esperar pelo metrô. Há um painel luminoso na plataforma, informando o horário que o próximo trem passará. E pode contar: na hora exata, ele chega!

Painel com o próximo trem

Painel com o próximo trem

É claro que esse intervalo varia conforme o dia da semana e o horário, mas generalizando bastante, a média de espera entre um trem e outro é de 2 a 3 minutos.

No exemplo ao lado, está sendo informado que o próximo trem, que seguirá em direção a estação High Barnet chegará à plataforma em 1 minuto. E o próximo, que neste caso não transportaria passageiros (provavelmente estava indo pra garagem), chegará dentro de 3 minutos.

Em algumas estações, os painéis chegam a informar também os horários dos próximos trens que passarão por ali. Coisas da pontualidade britânica...

Foi preciso inacreditáveis 5 min pra sair isso aí!

Foi preciso inacreditáveis 5 min pra sair isso aí!

Às vezes, o intervalo entre os trens é realmente muito curto. Só para você ter uma ideia... Eu estava tentando tirar uma foto de um desenho de Sherlock Holmes na parede da plataforma da estação Baker Street, e enquanto procurava adquirir o melhor ângulo possível (tentando não cair de costas nos trilhos), precisei interromper o processo 3 vezes, porque toda hora chegava um trem do metrô com uma horda de gente saltando dele. Detalhe: essa situação toda aconteceu num intervalo de menos de 5 minutos!

PLANEJANDO A SUA ROTA: Apesar do emaranhado de linhas no mapa do metrô, é mais fácil do que parece. Sabendo a estação em que você está e a que quer chegar, basta procurá-las neste mapa e ver qual o itinerário mais curto.

Em todas as estações você encontra painéis com o mapa do metrô, para poder consultar em caso de dúvida. Ou então, pegue um folheto que é distribuído gratuitamente e leve-o sempre com você.

Na página inicial do site do Transport for London, encontramos um formulário onde podemos planejar uma rota (Plan a Journey). Você digita o ponto de partida (From) e o destino (To) e ele te dá as opções de itinerário. Só que geralmente ele inclui, além do metrô, outros meios de transporte (ônibus, DLR...).

PASSAGENS: Você pode comprar o bilhete avulso ou adquirir o Oyster Card, o cartão pré-pago do transporte público de Londres.

Oyster Card

Oyster Card

Comprar o bilhete avulso não compensa (inclusive, nem vou considerá-lo neste post). A melhor opção é adquirir o Oyster Card, mesmo que vá ficar poucos dias na cidade. A passagem sai muito mais barata com ele, além de ser prático de usar e oferecer uma série de vantagens.

Fiz um post bem bacana onde explico como utilizar o Oyster Card em Londres. Não deixe de conferir.

As Estações do Metrô de Londres

Paredes azulejadas e às vezes decoradas

Paredes azulejadas e às vezes decoradas

O ASPECTO: Costumam variar, sendo algumas estações mais modernas do que outras. De um modo geral, elas possuem paredes cobertas de azulejos e cheias de placas de propagandas.

Algumas possuem, inclusive, uma decoração temática. Como exemplo, cito as estações Green Park, com folhas desenhadas nos azulejos, e Baker Street, onde vemos azulejos decorados com a silhueta de Sherlock Holmes.

SINALIZAÇÃO: A maioria das estações possuem um labirinto de túneis. Mas não se preocupe, pois dificilmente nos perdemos lá dentro, já que elas são muito bem sinalizadas. Basta ter em mente o destino que você quer ir e seguir as setas.

Sabendo pra onde quer ir, é só seguir as setas

Sabendo pra onde quer ir, é só seguir as setas

Há placas para todos os lados. Inclusive também na saída da estação, indicando a direção das atrações turísticas que estão próximas dali. Muito prático para o turista.

Referências das atrações nas saídas

Referências das atrações nas saídas

Se mesmo assim alguém se perder, é só pedir informação aos seguranças ou funcionários do metrô que estão sempre perambulando pelas estações. Eles costumam ser bastante solícitos.

ACESSO ÀS PLATAFORMAS:escadas convencionais (ou rolantes, que costumam ser vertiginosamente íngremes) e elevadores (presentes somente em algumas estações).

Além disso, há um labirinto de túneis ligando as plataformas, que às vezes são tão longos e cheios de curvas, que é preciso dar belas caminhadas até chegar a elas.

Uma das íngremes escadas rolantes

Uma das íngremes escadas rolantes

Se a estação atender somente a 1 linha, moleza: basta descer até a plataforma e esperar pelo metrô.

Se a estação atender a várias linhas, basta procurar pelas placas que indicam a linha que você quer pegar e seguir as setas até chegar às plataformas.

Neste caso, seria interessante saber a cor da linha que você está indo. Fica mais fácil para visualizar as placas, pois não será preciso nem parar pra ler: basta seguir as cores.

Se for fazer alguma baldeação de uma linha pra outra, ao saltar do metrô, é só também seguir as setas que levam para o seu destino. Não é raro você ter que subir ou até mesmo descer mais fundo no subsolo para acessar uma outra linha. Como eu disse anteriormente, elas estão distribuídas em níveis diferentes no subterrâneo de Londres.

Atenção: Ao utilizar as escadas rolantes dos acessos, mantenha-se sempre à direita. Em Londres, é comum deixar livre o lado esquerdo da escada para as pessoas que estão com pressa e todo mundo respeita esse esquema. Se você esquecer e ficar do lado errado, muito provavelmente ouvirá um Excuse me (nem sempre muito educado...).

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Como utilizar o metrô de Londres?

Se você mora numa cidade que tenha metrô ou já utilizou este serviço em algum lugar, vai tirar de letra: o esquema é o mesmo em Londres.

Mas se você não estiver acostumado (a) com este serviço ou quer ver um relato de como ele funciona em Londres, então veja o passo-a-passo a seguir e veja como é fácil...

1. Encontrando uma entrada de metrô

Logotipo do metrô

Logotipo do metrô

Basta procurar pelo símbolo do transporte público da cidade: um circulo vermelho cortado por uma faixa azul horizontal. Se avistar a palavra Underground escrito nela, pode descer que é uma estação de metrô.

Devido ao fato de ter muitas estações espalhadas pela cidade, este símbolo acabou virando uma das marcas registradas de Londres. Não é pra menos: toda hora a gente se depara com eles por aí

Lá embaixo, a palavra Underground na faixa azul do símbolo é substituída pelo nome da estação, como forma de identificá-la.

Os símbolos dentro das estações

Os símbolos dentro das estações

2. Uma vez dentro da estação

Você precisará comprar a passagem.

Catracas

Catracas

Se já tiver o Oyster Card comprado e carregado, é só se dirigir até as catracas – que lá são diferentes, pois não possuem roleta, e sim uma portinhola que se abre quando você passa o cartão.

Caso contrário, vá até o guichê ou às máquinas self-service para comprar e/ou carregar (Top up) seu cartão.

IMPORTANTE: Esteja sempre com seu Oyster Card nas mãos. O fluxo de pessoas naquele metrô costuma ser enorme e elas estão sempre apressadas. Se você parar pra procurar a passagem nos bolsos quando estiver de frente pra catraca, pode se preparar pra ouvir reclamações ou até mesmo ser atropelado(a) pela ansiosa multidão.

Uma vez na catraca, basta encostar seu Oyster Card no leitor amarelo e esperar a porta abrir pra você passar.

3. Chegando na plataforma

Como já citei anteriormente, basta seguir as placas que te levarão às plataformas da linha que você irá utilizar.

Notou que eu disse plataformaS, no plural? Cada linha tem uma dupla delas que atendem a 2 trens que seguem em direções opostas, dentro daquele itinerário.

Qual plataforma seguir?

Qual plataforma seguir?

Veja o exemplo acima: essa foto foi tirada na estação Waterloo, que pertence a Northen Line (de cor preta). Se eu quisesse ir até Clapham North, por exemplo, eu teria que pegar o trem que estava indo em direção a estação Morden e me dirigir para a plataforma que estava a minha direita. Já se eu quisesse ir até Tottenham Court Road, por exemplo, eu teria que pegar a plataforma da esquerda, onde passaria o trem que seguia na direção oposta.

Outra coisa que você pode notar no exemplo são as palavras Northbound e Southbound. Elas indicam as direções que o trem do metrô segue pela cidade (no caso seria “direção norte” e “direção sul”, respectivamente). Na prática, você não precisa saber isso – basta procurar pela sua estação-destino no itinerário da placa da linha que você que pegar, seguir a seta e esquecer esse negócio de “Bound”.

4. Quando for entrar no metrô

Quando o trem chega (na hora exata marcada no painel eletrônico da plataforma, como citei acima), deixe as pessoas saírem primeiro e entre somente depois. Além de ser educado, isso é hábito por lá.

IMPORTANTE: Em algumas estações, há um enorme espaço entre o trem e a plataforma, ou até mesmo um grande desnível entre eles. É preciso ter cuidado pra não tropeçar.

Para chamar a atenção dos passageiros quanto a isso, há escrito na beirada da plataforma a famosa expressão Mind the Gap, que quer dizer algo como “cuidado com o vão”. Às vezes eles também alertam nos auto-falantes da estação e dentro do trem do metrô.

Aliás, essa expressão tornou-se tão característica de Londres que também está estampado em vários souvenires. Haja criatividade!

5. Dentro do metrô

Para que você não perca o ponto onde vai saltar, uma gravação vai informando, várias vezes, o nome da linha e a estação que vem logo a seguir.

Se preferir, também pode ir acompanhando o trajeto pela placa informativa que há no alto do vagão, contendo todo o itinerário daquela determinada linha. Ela serve também para que você confira se está indo na direção correta.

Note no exemplo acima, que dá pra ver as possibilidades de baldeações. Essa linha representa a Jubilee Line (cinza). Se saltar na estação Bond Street, dá pra baldear para a Central Line (vermelha). Se saltar na estação Green Park, dá pra baldear tanto para a Piccadilly Line (azul escura) quanto para a Victoria Line (azul clara). E assim por diante.

Tenho 2 observações sobre o trem do metrô...

A primeira é sobre a impressionante variedade de gente que circula por ele. Você vê de um tudo. É um passatempo bem divertido prestar atenção nas pessoas que entram e saem do metrô enquanto viaja nele. Só cuidado pra não se empolgar e deixar passar a estação que você vai descer!

A segunda é que achei o trem minúsculo.Até tinham algumas exceções em certas linhas, onde ele era um pouquinho maior, mas na maioria eram bem pequenos. Uma pessoa muito alta praticamente vai com a cabeça quase que encostada no teto.

Fico imaginando quem pegou o metrô em Heathrow e veio de mala e cuia até o centro de Londres naquele trem pequenininho. Não deve ter sido muito prático. Se foi num horário de rush então...

Particularmente, não acho uma boa ideia usar o metrô entre o aeroporto e o centro de Londres, a não ser que esteja só de mochila. Se não for o seu caso, evite o metrô. Há outras opções bem melhores!

6. Saindo do metrô

Saída

Saída

Chegando ao seu destino e saindo do trem do metrô, siga as placas novamente.

Se for fazer uma baldeação para outra linha, basta seguir as placas que te levarão até a plataforma correspondente. Se quiser sair da estação, siga as placas onde há escrito Way out.

7. Saindo da estação

Ao chegar à catraca de saída, será necessário passar novamente seu Oyster Card para a porta abrir e você poder sair.

E mais uma vez, vale a observação feita acima: tenha-o sempre à mão, para não empatar a saída.

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4 Comentários
  1. Célio Azevedo

    O melhor metrô do mundo.

  2. Eduardo vieira

    Bom dia,

    Para sair de Heathrow atá a estação Victoria para ir até Pimlico… Você comentou que não usaria o metro, oq vc usaria nesse caso?

    • Fernanda Rangel

      Oi, Eduardo!
      Não usaria porque o acesso com malas não é nada prático no metrô de Londres. Nem todas as estações tem elevador, por exemplo. E várias delas tem verdadeiras escadarias, o que seria meio inviável se estiver com mala.
      Sem ser o metrô, o jeito é ir de taxi – ou “Black Cabs” (aqueles táxis pretos tradicionais de Londres). Logo na saída do desembarque há um ponto deles.
      Abs

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