Roteiro de 1 Dia em Salzburgo na Áustria

Não perca o nosso relato de visita a esta bela cidade austríaca, famosa por seu castelo medieval e por ser a terra de Mozart e da divertida Família von Trapp.

Salzburgo

Salzburgo

Uma das mais importantes cidades da Áustria, a bela Salzburgo também é uma das mais visitadas.

Cortada pelo Rio Salzach, ela ficou conhecida mundialmente graças a 2 personalidades provenientes de lá: o grande músico Wolfgang Amadeus Mozart e a famosa Família Von Trapp – aquela mesma que conhecemos da história de “A Noviça Rebelde” (sim, eles existiram!).

Quando estava programando a minha ida à Áustria (que ocorreu em Maio de 2015), além da elegante capital Viena, fiz questão de incluir também Salzburgo. Não por ser fã de música clássica ou por adorar musicais antigos com crianças e babá, mas sim porque achei uma cidade graciosa pelas fotos.

E chegando lá, não me decepcionei: Salzburgo é mesmo uma graça e faz jus a fama que tem de ser uma das mais visitadas do país.

A princípio, eu iria apenas fazer um bate e volta saindo de Viena. Mas como eu estava vindo de Innsbruck (onde pernoitei), achei melhor também ficar hospedada em Salzburgo, para conseguir conhece-la bem e sem correria. Afinal, eu precisava de uma pausa antes dos 3 dias agitados em Viena que viriam pela frente.

Por estar bem pertinho da fronteira com a Alemanha, muita gente acaba preferindo conhecer a cidade vindo deste país (Munique fica apenas 1h30 a 1h50 de trem, por exemplo).

Neste post irei contar como foi o meu passeio de 1 dia, trazendo impressões, dicas, informações úteis e curiosidades, para que você possa enriquecer suas pesquisas e saber o que fazer em Salzburgo e poder se programar.

Dados da visita e dica de hotel em Salzburgo

Quando fui? Maio de 2015

Quantos dias fiquei em Salzburgo? 1 dia inteiro

Foi o suficiente? Pra conhecer os pontos principais, sim. Mas quem é fã de museus e quer um passeio mais amplo, pode precisar de um dia extra.

Onde fiquei hospedada? Hotel Ramada Salzburg City Centre

O hotel era bom? Sim. Segue o padrão de qualidade da rede. Possui elevador, wi-fi grátis (e bom), além de um staff atencioso. Minha diária era sem café da manhã.

A região do hotel era boa? Sim. Bem ao lado da estação de trem da cidade e com terminal de várias linhas de bonde na porta. Tem gente que não gosta das regiões próximas às estações ferroviárias na Europa, mas não vi problema algum em Salzburgo. Pela facilidade de opções de deslocamento até o centro da cidade, valeu muito a pena.

Visitando Salzburgo

Saí cedo de Innsbruck (de mala e cuia) em direção a Salzburgo. Após 1h40 de viagem, fui até o hotel fazer o meu check-in, deixei a mala por lá e fui começar meu passeio.

Como mencionei acima, havia um terminal de bondes em frente ao hotel e várias opções de linhas que vão até o centro, onde começava o meu roteiro.

Salzburgo é cortada ao meio pelo Rio Salzach, sendo a margem leste a parte “nova” da cidade e a margem oeste, a “cidade velha” – que, por sua vez, é delimitada por um paredão de pedra que possui um belíssimo castelo medieval no topo.

E a cidade continua atrás do castelo, fazendo com que Salzburgo tenha também uma "cidade alta" e uma "cidade baixa". Mas a primeira é uma parte não muito visitada pelos turistas – que costumam ficar pela parte baixa mesmo (no máximo, vão até o castelo).

Meu roteiro começou na “Cidade Nova”. Peguei o bonde n.º 5 e saltei próximo a primeira atração visitada do dia: o Schloss Mirabell.

Schloss Mirabell

Schloss Mirabell

O palácio histórico, que hoje abriga órgãos administrativos da prefeitura, foi construído no século 17 à mando do Arcebispo “manda-chuva” da época, que o teria dado de presente para sua amante, segundo as más línguas.

Depois disso, ele sofreu 2 reformas: uma no século 18, que o deixou mais barroco, e outra no século 19 (após um incêndio) quando ganhou um aspecto mais para neoclássico.

Chama a atenção dos visitantes o bem cuidado jardim, que rende fotos lindas do local. Além dos canteiros coloridos e desenhados, ainda vemos estátuas e fontes que ainda dão um toque especial.

Destaque para o The Hedge Theater, um teatro ao ar livre datado do século 18 (e um dos mais antigos da região), e o Jardim dos Anões, cheio de estátuas de mármore.

Jardins do Schloss Mirabell. Nas fotos inferiores, vemos o Hedge Theater à esquerda e o Jd. dos Anões à direita.

Jardins do Schloss Mirabell. Nas fotos inferiores, vemos o Hedge Theater à esquerda e o Jd. dos Anões à direita.

CURIOSIDADE: Foi nos jardins do Schloss Mirabell onde gravaram uma das cenas mais famosas do filme “A Noviça Rebelde”, em que a atriz Julie Andrews canta com os 7 atores mirins que interpretam as crianças da Família Von Trapp, a conhecida “Do-Re-Mi” (Doe, a deer, a female deer... Ray, a drop of golden suuuun… Me, a name I call myself… Far, a long, long way to ruuuun...).

Ficou curioso(a) para relembrar essa cena? Então dá só uma olhada no jardim do Schloss Mirabell visto no filme nesse vídeo aqui.

O Castelo de Salzburgo visto do Schloss Mirabell

O Castelo de Salzburgo visto do Schloss Mirabell

DICA: Quando estiver visitando os jardins do Schloss Mirabell, não deixe de notar a belíssima vista do Castelo de Salzburgo localizado no alto da colina. Apesar de ele ser visto de toda a cidade, essa perspectiva que temos de lá é bem bonita.

É possível visitar uma parte do interior do palácio – mais especificamente o belo Salão de Mármore, pois as outras salas são fechadas ao público. A entrada é franca. Confira os horários.

Saindo de lá, fui caminhando em direção ao rio para atravessar a ponte que me levaria até a Cidade Velha – a parte mais visitada de Salzburgo.

Dessa ponte temos outra belíssima vista do Castelo que “vigia” a cidade do alto. E desta vez, com o panorama dos prédios do centro histórico na mesma foto.

Castelo de Salzburgo e o Centro Histórico vistos da ponte

Castelo de Salzburgo e o Centro Histórico vistos da ponte

Uma particularidade da Cidade Velha é que em várias ruas não passa veículos. Por preservar sua arquitetura medieval (de ruas estreitas), ficou um pouco impraticável a passagem de carros por ali. Não é que não haja, mas as vias mais conhecidas são basicamente para pedestres.

Pferdechwemme

Pferdechwemme

Seguindo pelo labirinto de ruas, o passeio no Centro Histórico começou pela Karajanplatz, onde encontrei uma bela fonte de mármore encostada no paredão de pedra que delimita a região – a Pferdechwemme (um nome bem fácil de pronunciar, como você pode perceber...).

Com um painel de afrescos ao fundo e uma escultura de um cavalo sendo domado em destaque, ela faz uma referência ao antigo estábulo que ali ficava e pertencia ao palácio do Arcebispo que governou Salzburgo no século 17.

Großes Festspielhaus

Großes Festspielhaus

Inclusive, parte desse antigo estábulo foi transformado, anos depois, numa das casas de espetáculos mais conhecidas do mundo da música clássica: a Großes Festspielhaus – onde ocorre, todos os anos, o famoso Festival de Ópera de Salzburgo.

Dali, eu fui seguindo até uma das principais ruas do Centro Histórico: a Getreidegasse.

Talvez a mais visitada e fotografada da cidade, ela é bem estreita, bastante movimentada, cheia de lojinhas e muito pitoresca.

Getreidegasse: uma das ruas mais famosas de Salzburgo

Getreidegasse: uma das ruas mais famosas de Salzburgo

Parênteses: Tá vendo essa igreja de pedra no fundo da foto da esquerda? Trata-se da St. Blasius-kirche – uma igreja gótica dedicada ao santo padroeiro dos doentes. Não tinha visto nada sobre ela em minhas pesquisas e achei tão pitoresca que fui lá conferir.

E me arrependi, porque foi uma das mais sombrias que já visitei até hoje! Quem a vê por fora não imagina como ela tem uma energia "carregada" por dentro. E não fui só eu que achei não: as outras 3 pessoas que estavam comigo nessa visita também acharam.

Voltando à Getreidegasse – uma visita infinitamente mais agradável – chamam a atenção os letreiros de ferro em estilo medieval que foram preservados pelos lojistas com a intenção de manter a tradição local. Alguns são bem curiosos, mas os que mais atraem os olhares são os que levam os logotipos “modernos” como Mc Donald’s, Tommy Hilfiger, Louis Vuitton, Zara, Swarowski – todos adaptados para esse tipo de letreiro antigo.

Os belos e característicos letreiros de época da Getreidegasse

Os belos e característicos letreiros de época da Getreidegasse

DICA: Logo no começo da rua, não deixe de fazer uma visitinha à Confeitaria Fürst, uma das mais conhecidas de Salzburgo. É um estabelecimento minúsculo que fica na esquina com a Bürgerspitalgasse e é onde vende uma das guloseimas mais famosas da cidade: o Salzburger Mozartkugel.

É uma espécie de bombom formado por uma massa de marzipan e pistache, coberto por chocolate nougat e embalado em papel laminado com o rosto de Mozart.

Salzburger Mozartkugel, o bombom de Salzburgo. O da esquerda é o "genérico" e o da direita o "original" da Fürst

Salzburger Mozartkugel, o bombom de Salzburgo. O da esquerda é o "genérico" e o da direita o "original" da Fürst

Existe uma versão "genérica" em todas as lojas de souvenir de Salzburgo (e de Viena também) de embalagem vermelha (a da Fürst é azul) e com um "n" no final da palavra "Mozartkugel". Digo que é "genérico" porque reza a lenda que o da Fürst seria o “original”.

Verdade ou não, fui lá conferir o da Fürst e o achei mesmo mais gostoso que o da versão das lojas de souvenir. No fundo, nenhum dos 2 chega a ser um bombom extraordinário, mas vale a pena experimentar.

A casa onde Mozart nasceu

A casa onde Mozart nasceu

Seguindo pela agradável Getreidegasse, logo me deparei com um dos edifícios mais visitados e fotografados da cidade: o Mozarts Geburthaus, a casa onde nasceu Mozart.

O edifício em si não tem nada de atrativo (muito pelo contrário: tem uma fachada amarelo ovo e bem simples). Mas costuma atrair os fãs do músico, pois lá ocorre uma exposição sobre Mozart, com objetos pessoais e montagens de suas óperas.

Como não sou muito fã de música clássica, passei direto por essa atração. Mas se for do seu interesse, confira as informações sobre a visita.

Kollegienkirche

Kollegienkirche

Entrando na rua Sigmund-Haffner-Gasse, e depois na Universitätplatz, cheguei a parte do centro Histórico onde ficam os prédios da Universidade de Salzburgo. A intenção era fazer uma breve visita à igreja que há ali próxima: a Kollegienkirche.

Achei uma igreja estranha. Como ela é em estilo barroco, imaginei que fosse encontrar aquele interior característico, com uma confusão de obras em estilo rococó por todos os lados. Mas não: ela é toda branca, das paredes às figuras decorativas barrocas.

Os únicos detalhes "coloridos" são o altar-mor (simplérrimo, para o estilo barroco) e os altares laterais, que contam com bonitos painéis.

Saindo de lá e voltando para a rua Sigmund-Haffner-Gasse, fui visitar uma igreja antiquíssima da cidade – a Franziskanerkirche.

Franziskanerkirche

Franziskanerkirche

Como o nome sugere, ela fica anexa a um convento da Ordem Franciscana e parece ser mesmo muito antiga – alguns estudiosos acreditam que a igreja data da época da fundação de Salzburgo, no século 8.

Mas é claro, ela sofreu algumas modificações ao longo do tempo e até tentaram colocar alguns detalhes barrocos nela. Mas, felizmente, não conseguiram apagar, totalmente, a bela característica gótica da construção.

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Saindo da igreja e seguindo pela lateral sul (à direita de quem está de frente para a porta principal) passamos por algumas arcadas até chegar a uma ampla praça, toda cercada por edifícios: a Domplatz.

A praça em si não é a atração principal, mas sim o belíssimo edifício barroco que predomina nela: o Dom – a enorme Catedral de Salzburgo.

Catedral de Salzburgo e a Coluna Imaculada

Catedral de Salzburgo e a Coluna Imaculada

Tem gente que chega até ali vindo das praças que ladeiam a igreja, mas nada se compara com a surpresa de quem vem da Franziskanerkirche. Saindo das arcadas, já levamos um certo impacto ao damos de cara com aquele monumental e imponente edifício barroco.

Logo em frente à catedral (e no centro da Domplatz) vemos a Coluna Imaculada – uma estátua da Virgem Maria Imaculada posicionada em cima de um globo, com anjos, nuvens e figuras alegóricas aos seus pés.

NÃO PERCA: A chegada à Domplatz vindo da Franziskanerkirche não só é mais impactante, como também revela um segredinho que poucos reparam. Note que, na fachada do Dom (bem acima da entrada principal) há uma coroa dourada carregada por um par de anjos. Na verdade, eles formam um conjunto com a estátua da Virgem Maria Imaculada que está em frente – se você olhar pela perspectiva correta, vai enxergar direitinho, os anjos coroando Maria.

Olhando rápido, é só uma coroa dourada enfeitando uma fachada e uma estátua da Virgem Maria na frente. Mas se olharmos com mais cuidado e por outra perspectiva...

Olhando rápido, é só uma coroa dourada enfeitando uma fachada e uma estátua da Virgem Maria na frente. Mas se olharmos com mais cuidado e por outra perspectiva...

Na entrada do Dom, 2 curiosidades a serem notadas:

• As 4 estátuas “guardando” as portas. Da esquerda para a direita: São Ruperto de Salzburgo, São Pedro, São Paulo e São Virgílio (o primeiro e o último foram fundadores da cidade);

• Os 3 anos marcados nas grades da entrada: 774 (fundação de Salzburgo), 1628 (construção do atual Dom) e 1959 (data da restauração do Dom, após ter tido seu altar-mor e cúpula destruídos por um bombardeio na 2ª Guerra Mundial).

Inclusive, há uma placa na entrada da igreja mostrando uma foto da cúpula destruída da Catedral de Salzburgo após o ataque na 2ª Guerra. Um triste retrato das idiotices que o ser humano é capaz de fazer...

Os santos e os anos na entrada (esq) e o interior do Dom (dir)

Os santos e os anos na entrada (esq) e o interior do Dom (dir)

Ao visitar o Dom, confesso que esperava mais da decoração. Não é que eu não tenha gostado, mas visitei na Áustria outras catedrais com o interior bem mais bonito.

O que chama a atenção, além dos belos detalhes barrocos, é o seu tamanho. Reza a lenda que cabem cerca de 10.000 fiéis lá dentro, o que a torna uma igreja e tanto.

No Dom estão enterrados os Arcebispos que governaram a cidade na Idade Média. E foi lá também onde Mozart foi batizado e tocou órgão várias vezes, anos depois.

A catedral é ladeada por 2 amplas praças, acessíveis por arcadas. Fui visitar primeiro a que estava à esquerda de quem está de frente para o Dom – a Residenzplatz.

Residenzplatz e a Neue Residenz ao fundo

Residenzplatz e a Neue Residenz ao fundo

Com uma fonte barroca no centro, ela possui 2 prédios imponentes de cada lado, que eram os antigos palácios dos Arcebispos que governaram Salzburgo.

De um lado, de fachada simples e marrom clara, está o Residenz, onde hoje ficam os escritórios do governo local e da Universidade. Nos andares superiores funciona uma galeria de arte com obras dos séculos 16 a 19.

Do lado oposto fica a Neue Residenz (ou “nova” residência) usada como moradia temporária pelo Arcebispo, enquanto a sede principal era restaurada. Com uma torre do relógio (cujo destaque é o carrilhão) ele hoje abriga o Museu de Salzburgo, que traz uma exposição sobre a história da cidade, incluindo objetos antigos e achados arqueológicos, como os resquícios da antiga muralha feita pelos romanos que passava ali (informações).

Não visitei o museu. Passei por trás do Dom e segui até a praça que fica do outro lado, chamada Kapitelplatz.

Também ampla e com alguns cafés nas imediações, ela possui 2 destaques a serem vistos ali:

• A bonita fonte de Netuno sobre um cavalo, que hoje está escondida nos fundos da praça, mas que na Idade Média reinava no centro dela;

• O monumento chamado Sphaera – um globo dourado com a figura de um homem de pé sobre ela e olhando o horizonte (ninguém sabe ao certo seu significado, mas reza a lenda que o boneco estaria procurando a mulher amada – que seria uma boneca semelhante que fica em outro ponto da cidade).

Kapitelplatz: Fonte de Netuno (esq) e a Sphaera (dir)

Kapitelplatz: Fonte de Netuno (esq) e a Sphaera (dir)

Olhando em direção ao paredão de pedra que há por ali, vemos uma passagem em arco. Seguindo por ela, chegamos a um dos mosteiros mais antigos de língua alemã: o Stift St. Peter.

Cemitério da Stift St. Peter

Cemitério da Stift St. Peter

A Abadia de São Pedro é mesmo muito antiga. Foi construída no século 8 por São Ruperto de Salzburgo (ou Rupert, em alemão, fundador da cidade) e acabou sendo reconstruída no século 13 – que é o complexo que vemos hoje (com toques “barroquizados” do século 18).

Além da Stiftkirche St. Peter, ou melhor dizendo, a Igreja da Abadia de São Pedro (uma lindeza escondida no meio do complexo, que você não deve deixar de dar uma olhada), ainda vemos o antigo cemitério da cidade – que, por incrível que pareça, é bem agradável. Os túmulos são floridos e com decorações de ferro fundido.

Saindo do complexo, fui visitar a última e principal atração da cidade, cujo nome em alemão assusta: Festung Hohensalzburg.

Mas em português, fica mais convidativo – o Castelo de Salzburgo.

Festung Hohensalzburg – o Castelo de Salzburgo

Festung Hohensalzburg – o Castelo de Salzburgo

Já vinha tendo uma prévia da sua imponência desde o Schloss Mirabell, pois como disse no começo do post, o castelo está situado no alto da montanha que delimita a Cidade Velha e é visto de qualquer ponto de Salzburgo.

2 maneiras de chegar até ele. Uma é pra quem tem fôlego de atleta e prefere encarar a subida a pé, pela estrada que leva até lá em cima. A outra, bem mais fácil e prática (e que a sedentária assumida aqui escolheu), é pegando o funicular (ou Festungbahn) que sai de 10 em 10 minutos e leva cerca de 1 minuto pra chegar lá em cima.

Festungbahn: o funicular que sobe até o castelo

Festungbahn: o funicular que sobe até o castelo

Eu, que sou fã de um castelo medieval, não perdi a oportunidade de visitar o complexo que é considerado um dos maiores da Europa.

Construído no século 11 e ampliado ao longo dos anos (concluído em 1500, quando adquiriu a aparência que tem hoje), o Castelo de Salzburgo não só servia de mirante de defesa, como também era refúgio para os Arcebispos, caso houvesse alguma guerra.

No complexo podemos visitar torres e edifícios, especialmente a St. Georgs Kapelle (a minúscula Capela de São Jorge) e os aposentos do castelo propriamente dito.

Neles, encontramos várias exposições interessantes, ligadas à história da fortaleza. Alguns destaques:

• Exposição de maquetes de como foi a construção do castelo e de como era a cidade de Salzburgo em outras épocas (inclusive a ala onde vemos um painel em estilo panorama da cidade no início do século 19);

• Exposição de canhões, armas, vestimentas e armaduras antigas;

• Exposição horripilante de objetos de tortura, utilizados contra os presos numa das torres do castelo;

• Exposição de objetos da antiga cozinha do castelo (datados do século 16/17).

EM CIMA: Maquete da Salzburgo medieval (esq) e armas/armaduras (dir). EM BAIXO: Utensilhos de cozinha dos séc. 16/17 (esq) e uma cadeira usada na tortura de presos (dir)

EM CIMA: Maquete da Salzburgo medieval (esq) e armas/armaduras (dir). EM BAIXO: Utensilhos de cozinha dos séc. 16/17 (esq) e uma cadeira usada na tortura de presos (dir)

Mas os grandes destaques mesmo dos aposentos do castelo são os 3 recintos abaixo:

Goldener Saal – um salão de concertos (utilizado também para festividades) cujos destaques são os pilares de mármore retorcidos e o teto, com brasões e detalhes geométricos, com fundo azul e pontos dourados (na intenção de simular um céu estrelado);

Goldene Stube – ou “Camara Dourada”, com o teto parecido ao da câmara descrita anteriormente, mas com detalhes dourados nas paredes, onde reza a lenda, havia uma tapeçaria do meio pra baixo. Destaque para o lindo e extravagante fogão de azulejos decorados, que aquecia o ambiente.

Fürstenzimmer – era a câmara privada do príncipe (ou Chefe de Estado, de acordo com a época). Utilizado como quarto de dormir, com decoração semelhante às câmaras anteriores. Destaque para a “suíte” do aposento, cujo vaso sanitário de madeira (um buraco tampado, pra ser franca) era a última palavra do gênero na época.

EM CIMA: Goldener Saal (esq) e Goldene Stube (dir). EM BAIXO: Fürstenzimmer (esq) e o "trono" do príncipe (dir)

EM CIMA: Goldener Saal (esq) e Goldene Stube (dir). EM BAIXO: Fürstenzimmer (esq) e o "trono" do príncipe (dir)

Na saída dos aposentos, vemos uma sala que mostra uma área arqueológica que evidencia o ponto culminante da montanha (chamada Festungberg) onde o castelo está assentado – e que por sua vez, vem a ser uma das alas mais antigas da construção.

Como disse acima, sou fã de castelos medievais e por isso, sou suspeita pra falar... Mas adorei visita-lo!

Vista aérea de Salzburgo

Vista aérea de Salzburgo

Todavia, admito que o grande barato dele é mesmo a incrível vista aérea de Salzburgo, que já temos logo que saltamos do funicular.

Já visitei alguns mirantes em minhas viagens, mas poucos conseguem ter um panorama tão completo da cidade que está aos seus pés como esse que há no Castelo de Salzburgo.

Rende fotos lindas lá de cima.

DICA: Na bilheteria do funicular adquirimos o FestungsCard (ou Fortress Card) – que inclui a passagem de ida e volta de funicular + a entrada no complexo do castelo.

Já quem tiver com disposição para encarar a subida a pé até o castelo, paga mais barato pela visita.

Confira os horários e os preços dos ingressos, que inclui o valor pra quem for de funicular e a pé.

O dia já estava no fim e o cansaço das andanças estava chegando. Desci de funicular e segui caminhando até a margem do rio – passando antes pela Mozartplatz, outra praça da Cidade Velha, anexa a Rezidenzplatz.

Mozartplatz

Mozartplatz

Parênteses: Reparou que Salzburgo “respira” Mozart, né?! É nome de praça, é museu, é souvenir, é bombom...

O músico é realmente o orgulho da cidade (e do país, como pude perceber depois). E tudo, mas tudo MESMO, está ligado a ele.

Enquanto vamos passeando pelas ruas, nos deparamos com algum artista caracterizado de Mozart (tentando, é claro, conseguir uns trocados com os turistas) e até mesmo alguns tocando as músicas clássicas do artista.

Aliás, isso deu um toque especial à minha visita ao Centro Histórico, que acabou tendo basicamente uma trilha sonora ao fundo.

E digo mais: mesmo não sendo muito fã de música clássica, acabei adorando passear com aquela melodia nos ouvidos. E até pude perceber que eu conhecia muito mais as músicas de Mozart do que eu pensava (há várias sinfonias famosas que, quem não entende de música clássica, não se dá conta que é de autoria dele).

Atravessando o rio, fui até o ponto do bonde de volta ao hotel.

Considerações Finais

Eu já tinha achado Salzburgo uma cidade graciosa só pelas fotos antes de viajar pra lá. Mas depois de voltar, posso afirmar: ela é sim uma graça.

Aliás, eu adorei a Áustria de um modo geral. Foi um dos países mais bonitos e elegantes que já visitei. E olha que só conheci 3 cidades...

Certamente, voltarei outra vez para conhecer mais lugares desse encantador país.

Dicas importantes para seu planejamento de viagem à Áustria

Pretende passear de trem pelo país? Então não perca nosso post que te explica como utilizar os trens na Áustria.

Para não entrar em nenhuma roubada na sua estada pelo país, não deixe de ver nossas dicas de sobrevivência para quem vai à Áustria.

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• Se for passear pela capital austríaca por conta própria, não perca nosso post que traz um guia completo de como utilizar o transporte público de Viena e também o nosso relato de visita ao Palácio Schönbrunn.

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5 Comentários
  1. Fabricio Portugal

    Olá Fernanda. Vi seu post sobre Salzburgo e gostaria de fazer uma pergunta. Se lembra se lá tem lojas de artigos medievais? Cavaleiros, estatuas, etc? Fui a Praga ano passado e dentro do castelo havia uma loja com diversos artigos e me apaixonei por uma estatua de um cavaleiro vestindo armadura…fui visitar o castelo e ao voltar a loja estava fechada e nao consegui comprar. Ai vi esse post sobre salzburgo e em novembro vou a vienna conhecer e iria voltar a praga apenas para comprar essa estatua.
    Obrigado.

    • Fernanda Rangel

      Oi, Fabricio!
      Olha, agora vc me pegou… Essa viagem foi há 3 anos atrás, não lembro com exatidão se tinha alguma estatueta ou artigo medieval nas lojinhas…
      Lembro bem que as lojas da cidade tinha muita coisa sobre Mozart, que é a figura principal por lá. Talvez vc encontre alguma coisa na lojinha de souvenir do Castelo de Salzburgo. Era a única atração que tinha o tema medieval como carro-chefe.
      Em Viena não lembro de ter visto nenhum artigo do gênero.
      Não sei como estão seus planos de viagem para o futuro, mas uma cidade da Europa em que eu vi uma avalanche de artigos medievais é Toledo na Espanha. Não sei se vc já foi pra lá, mas se pretende ir algum dia, eu esperaria pra comprar tudo quando for visitá-la. Dá só uma olhadinha do que encontrei em Toledo aqui.
      Abs

  2. moises

    Oi, Fernanda. Seu roteiro irá me ajudar muito em abril! Mas pelas minhas contas, eu estaria em Salzburg no primeiro domingo do mês. A cidade não segue o padrão europeu de abrir seus museus de graça nesse dia? Nao encontro nada a respeito… vc saberia me informar se algum museu fica gratuito nesse dia?

    • Fernanda Rangel

      Oi, Moises!
      Desculpe a demora pela resposta.
      Dei uma olhada nos sites oficiais das principais atrações e tb não encontrei nenhuma informação sobre isso. Acho que eles não seguem muito esse padrão por lá…
      Abs

  3. Alessandra

    Olá, adorei o post! Acho que nunca vi um tão completo com tanta informação. Parabéns, está incrível.

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