Castelo de Praga: O Que Ver e Fazer Lá Dentro?

Não perca este roteiro de visita a uma das atrações mais procuradas de Praga e veja tudo o que você precisa saber para conhecer aquele que é considerado o maior castelo do mundo.

Castelo de Praga

Castelo de Praga

Uma das atrações mais procuradas por quem visita a capital da República Tcheca, o Castelo de Praga é, de fato, lindo e imperdível.

Há várias atrações interessantes a serem visitadas lá dentro e o passeio ocupará, facilmente, várias horas do seu dia. No mínimo, uma manhã inteira ou uma tarde, caso você só visite só o principal.

Mas se for ver tudo o que tem por lá, prepare-se para passar o dia inteiro visitando-o.

No meu caso, só fui às atrações principais e, mesmo assim, fiquei em torno de 5 horas lá dentro. Não só foi uma decisão pessoal ver o básico, como também queria “casar” essa visita com o Loreto de Praga, que fica no mesmo bairro.

Conforme relatei no post sobre o meu roteiro de 3 dias em Praga, fiquei um pouquinho decepcionada quando avistei o castelo pela primeira vez.

Não é que não o tenha achado bonito. É que eu imaginava que ele tivesse uma aparência de fortaleza medieval: aqueles edifícios rústicos de pedra, com muralha em volta e torres altas.

Mas, não... É um conjunto de edifícios clássicos envolvendo a única estrutura que, realmente, tem aparência medieval no local: a Catedral de São Vito.

Castelo de Praga visto da torre do Monte Petřín. Edifícios clássicos envolvendo a catedral gótica (no centro)

Castelo de Praga visto da torre do Monte Petřín. Edifícios clássicos envolvendo a catedral gótica (no centro)

Inclusive, tem gente que olha de longe o complexo do Castelo de Praga e acha que o edifício da catedral que é o castelo. Mas na verdade, é todo o conjunto de prédios que a envolve.

Pra piorar ainda mais a frustração, o complexo foi eleito pelo Guiness como o maior castelo do mundo. Pena que ele NÃO parece um castelo...

Neste post, trago as opções de atrações que você poderá visitar no Castelo de Praga e também informações úteis e dicas para que você possa se programar e tentar otimizar o seu tempo por lá.

Uma breve história do Castelo de Praga

Acredita-se que o castelo tenha sido fundado no século 9, pela dinastia Premyslida – os fundadores de Praga e da Boêmia (a região onde hoje fica a Rep. Tcheca). No início, era apenas uma pequena fortaleza no alto da colina que fica próximo ao Rio Moldava.

Desde a sua fundação, o castelo funcionou como residência e sede do governo da região e por lá passaram todos os reis que governaram Praga e a Boêmia, dentre eles os lendários São Venceslau e o onipresente Carlos IV, que hoje é nome de praça, de universidade, de rua e, é claro, de ponte – a mais famosa da cidade.

E cada governante dava seu “toque pessoal” ao castelo, o que acarretou a ampliação do complexo e mudança das suas características arquitetônicas ao longo dos séculos, até chegar à aparência que vemos hoje.

Pesquisas arqueológicas são feitas no local desde o século 19 e, de lá pra cá, várias coisas interessantes foram descobertas – o que ajudaram a fazer com que os arqueólogos entendessem melhor como eram as antigas aparências do castelo e a evolução dele ao longo dos seus 12 séculos de existência.

Como chegar ao Castelo de Praga?

O complexo fica numa colina da cidade e, dependendo de onde você tiver vindo ou se estiver com disposição para subir ladeira, há 3 maneiras de chegar até ele:

TRAM (BONDE) – O que passa no Castelo de Praga é a linha 22 e o ponto que deixa mais perto do complexo é o Pražský Hrad (os outros exigem uma pequena caminhada até lá). Foi a opção que escolhi porque este bonde passava relativamente perto do local onde fiquei hospedada (Praça Venceslau).

A PÉ – Pra quem não se importa de subir uma ladeira, essa é a forma mais barata, pois não requer passagem de transporte. A caminhada te deixa na entrada principal (EP) do castelo (rota à partir da Praça de Malá Strana).

METRÔ – A estação mais próxima é a Malostranská que pertence à linha A (verde). Saltando nela, é preciso seguir até uma rampa com escadas até chegar à entrada dos fundos (EF) do castelo (rota).

O mapa do item seguinte te ajudará a visualizar melhor essas opções.

Leia também:

Como Utilizar o Transporte Público de Praga

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Visitando o Castelo de Praga: O que ver e fazer por lá?

Para acompanhar o relato da minha visita e ver os pontos principais, dê uma olhada no mapa abaixo (extraído do site oficial e com as marcações correspondentes no texto feitas por mim).

Mapa do complexo do Castelo de Praga mostrando os pontos principais e as opções de como chegar até ele

Mapa do complexo do Castelo de Praga mostrando os pontos principais e as opções de como chegar até ele

Peguei o Tram 22 de manhã, que passava relativamente próximo ao meu hotel (nas imediações da Praça Venceslau) e saltei no ponto mais próximo ao castelo: o Pražský Hrad.

Após uma breve caminhada em linha reta (seta preta do mapa) cheguei à entrada lateral (EL), um dos acessoa à atração.

É fácil descobri-la: há 2 guaritas listradas, de cada lado do porta, com soldados de prontidão.

Guaritas na entrada lateral (EL) do castelo

Guaritas na entrada lateral (EL) do castelo

Dei sorte nessa hora, pois logo após minha chegada começou a acontecer a troca dos guardas, que é feito com uma curta cerimônia (nada do quilate do que ocorre no Palácio de Buckingham em Londres, mas interessante mesmo assim).

Passando pelas guaritas, cheguei ao 1º pátio interno do castelo (P1). Lá, me dirigi até a bilheteria (seta vermelha redonda com a letra B no mapa) para adquirir meu ingresso.

DICA: Você pode circular livremente pelas dependências do Castelo de Praga, mas para entrar nas atrações, vai precisar passar o ingresso numa catraca eletrônica. Não aconselharia ir até lá sem comprá-lo, pois apesar do lugar ser bonito, a graça mesmo fica por conta das atrações – que requerem pagamento de ingresso para serem visitadas.

Há vários tipos de bilhetes para visitar o Castelo de Praga, variando de acordo com o número de atrações que ele dá direito a entrar. E é claro, quanto mais atrações, mais caro vai ficando o ingresso.

Falarei sobre eles no final, mas o que escolhi foi o ticket Circuite B que dava direito a visitar as seguintes atrações...

Catedral de São Vito (1)

Esta, sem dúvida, é a atração principal do Castelo de Praga. E imperdível também.

Estando no 1º pátio interno (P1), passei por um portal até chegar ao 2º pátio (P2) e aí veio o impacto: dei de cara com a magnífica e imensa fachada gótica da Catedral de São Vito.

Catedral de São Vito em Praga

Catedral de São Vito em Praga

A gente já vai vendo-a de longe na paisagem de Praga e até consegue imaginar que ela deva ser grande, mas NADA se compara ao impacto que é entrar no pátio interno do complexo e dar de cara com ela – que é colossal. E linda!

É tão enorme que é chega a ser bem difícil conseguir enquadrar a fachada da frente inteira numa foto.

Dedicada a São Vito, São Venceslau e São Adalberto, ela é a igreja mais importante de Praga. Começou a ser construída em 1344 (no lugar de outra igreja do século 10) e sua obra só terminou em 1929, ou seja, quase 600 anos depois.

Apesar de predominar o estilo gótico, ela na verdade tem alguns toques de outros estilos arquitetônicos mais “recentes”, graças ao fato de ter levado tantos anos para ser concluída. Cada um que tentava terminar dava algum aspecto “moderno” pra fachada.

O maior exemplo disso é a torre sul, cuja cúpula verde segue o estilo barroco, que foi "moda" entre os século 16 e 17.

Mas a despeito disso, a conclusão da obra (ocorrida em 1929) seguiu o projeto original e, por esta razão, o estilo arquitetônico predominante é o gótico.

CURIOSIDADE: A magnífica fachada da entrada, que nos deparamos logo ao chegar ao 2º pátio, não existia até o século 19 – na verdade, a catedral acabava na altura da torre sul. Antes de ser concluída, a entrada era pelo Portal Dourado que fica na fachada sul.

Olha... Já tive oportunidade de visitar algumas catedrais góticas na Europa (meu estilo arquitetônico preferido), como Notre-Dame de Paris, o Duomo de Milão e a Abadia de Westminster em Londres. Mas, na minha humilde opinião, nenhuma delas chegou aos pés da beleza da Catedral de São Vito.

Interior gótico da Catedral de São Vito

Interior gótico da Catedral de São Vito

Sei que não conheço todas as que existem no mundo para dizer isso de maneira definitiva, mas posso dizer que muito poucas vezes fui tão impactada quanto aconteceu com a catedral de Praga.

Ela é toda suntuosa e lindamente gótica. Por fora a gente já fica maravilhado. Mas por dentro, ela consegue ser ainda mais majestosa.

DICA: Há várias coisas legais a serem vistas em seu interior. Minha sugestão é que você dê uma volta por todo o perímetro interno da catedral, começando pelo lado norte (à esquerda de quem entra), para apreciar os maravilhosos detalhes.

É tanta coisa bonita que, certamente, cada um terá um destaque pessoal quando terminar a visita. Mas trago aqui alguns pontos que considerei imperdíveis:

• Os vitrais da catedral. Muito coloridos e com desenhos bem feitos, é difícil dizer qual mais bonito. Mas confesso que a rosácea tem um lugar cativo na minha lista de preferências;

• As capelas laterais. Ricamente decoradas e com lindos altares. O destaque, entre elas, é sem dúvida a magnífica Capela de São Venceslau, com sua parede decorada com afrescos e pedras preciosas;

• Um painel de madeira entalhada retratando uma batalha ocorrida no século 17 (no lado norte e próximo ao altar mor). É uma ótima oportunidade de ver a panorâmica de como era a cidade de Praga naquela época;

• O túmulo de São João Nepomuceno. Todo em prata e com decoração rica em detalhes, ele é uma homenagem a um dos santos mais venerados na República Tcheca;

• O Oratório Real. Um espaço vazio e com detalhes góticos, que fica embaixo de uma espécie de camarote decorado, na lateral sul da catedral. Era ali onde o rei rezava e assistia à missa, com a nítida intenção de "não se misturar". Inclusive, há uma passagem direta deste ponto até o antigo Palácio Real – que ainda vemos hoje em dia, do lado de fora da catedral;

• O Portal Dourado. Era a antiga entrada da catedral, que terminava naquela altura até o século 19. Por dentro, é um portal com detalhes dourados no alto. Por fora, visto no pátio do complexo, possui um lindo mosaico dourado retratando o “Juízo Final” (reza a lenda que foi feito por artesãos de Veneza no século 14).

Não visitei, mas há ainda a opção de descer até o subsolo para visitar a cripta, onde estão os túmulos dos reis – incluindo o do famoso Carlos IV.

Catedral de São Vito. EM CIMA: Túmulo de São João Nepomuceno (esq) e uma das capelas laterais (dir). EM BAIXO: Capela de São Venceslau (esq) e o portal dourado visto por fora da catedral (dir)

Catedral de São Vito. EM CIMA: Túmulo de São João Nepomuceno (esq) e uma das capelas laterais (dir). EM BAIXO: Capela de São Venceslau (esq) e o portal dourado visto por fora da catedral (dir)

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Antigo Palácio Real (2)

Como todo castelo real que se preze, há um palácio onde moram os monarcas e sua corte. E no de Praga não é diferente.

Nos seus primórdios, lá pelo século 9, o Palácio Real era um simples edifício de madeira. Como relatei no início, ele foi se modificando e se expandindo ao longo do tempo, junto com o complexo do castelo, não só por vontade dos reis que passavam por ele, mas também por conta de incêndios que ocorreram por lá.

A atração que visitamos hoje tem 3 andares, sendo cada um deles datados de períodos diferentes, variando do século 12 ao 18. Os andares inferiores são os mais antigos que os superiores.

O interessante desta visita é poder ver de perto como era a cara de um antigo palácio medieval, com seus detalhes arquitetônicos e decoração antiga.

Eis os meus destaques, que você não deve deixar de ver:

• O Salão Vladislau, onde ocorriam festas, banquetes, cerimônias e torneios de cavaleiros e cerimônias de Estado. Aliás, ele ainda é um salão de cerimônias até hoje e, inclusive, é lá que ocorre a eleição do presidente da Rep. Tcheca. Destaque para as ranhuras góticas no alto e uma de suas saídas – a Escadaria dos Cavaleiros, por onde homens subiam montados em seus cavalos para entrar no salão (uma entrada triunfal, não?!);

• O Salão da Dieta da Boêmia, um aposento do trono real onde ocorriam sessões do Parlamento na era medieval (o exato motivo do salão se chamar “dieta”, eu não sei bem, mas nada tem a ver com salão de jantar ou algo do gênero. Parece que era assim que se chamavam as reuniões dos parlamentares).

• A Chancelaria da Boêmia, onde ficava o gabinete real da época do reinado dos Habsburgo. Destaco o teto cheio de escudos decorativos e o fogão antigo. Foi lá, inclusive, que ocorreu um dos eventos mais famosos da história tcheca: a "Defenestração de 1618", onde nobres protestantes invadiram o palácio para tentar depor o rei Habsburgo – cuja dinastia era sabidamente católica;

Não deixe de ir ao varandão, anexo ao Salão Vladislau, que fica acima do bairro de Malá Strana e proporciona uma vista aérea de Praga.

Palácio Real. EM CIMA: Salão Vladislau (esq) e a Escadaria dos Cavaleiros (dir). EM BAIXO: Salão da Dieta da Boêmia (esq) e Vista de Malá Strana, Ponte Carlos e Cidade Velha do varandão do salão (dir)

Palácio Real. EM CIMA: Salão Vladislau (esq) e a Escadaria dos Cavaleiros (dir). EM BAIXO: Salão da Dieta da Boêmia (esq) e Vista de Malá Strana, Ponte Carlos e Cidade Velha do varandão do salão (dir)

Outras atrações em destaque, que não visitei e estão dentro do Antigo Palácio Real foram a Capela de Todos os Santos (que infelizmente só abre em cerimônias religiosas – o que não era o caso do dia da minha visita) e a Ala Teresina, onde ocorrem exposições de arte.

Basílica de São Jorge (3)

Olhando por fora, parece apenas uma igreja simples e coadjuvante dentro do complexo do Castelo de Praga. Mas é só aparência...

Basílica de São Jorge

Basílica de São Jorge

Apesar de não ter a grandiosidade da Catedral de São Vito, ela foi inaugurada primeiro, uns poucos anos antes, no século 10. Mas quando sofreu um incêndio e precisou ser reconstruída, em 1142, já era considerada a 2ª igreja do complexo. Chegou a receber alguns toques barrocos na fachada (que vemos ainda na sua frente avermelhada), mas no século 19 acabou sendo restaurada para parecer o máximo possível com a versão original.

Além do mais, a basílica ainda abriga os túmulos dos Premislida – a dinastia que colonizou a região que viria a ser chamada de Boêmia, e que muitos séculos depois virou a Republica Tcheca.

Quem vê sua fachada não imagina que, por dentro, ela é pitoresca e rústica, com paredes de pedra. Os meus destaques:

• Os túmulos de alguns membros dos Presmilidas. Destaque para o que está aos pés da escadaria do coro da igreja, que pertence à Vratislau I, o rei que inaugurou a igreja no século 10 e era o pai de São Venceslau, o príncipe tcheco que virou santo católico.

• A Capela de Santa Ludmila, dedicada à esposa de um governante tcheco, considerada a 1ª mártir da Boêmia por ter sido assassinada pela nora enquanto rezava (já pensou se essa a moda pega???). Seus restos mortais também estão nessa igreja;

• Os resquícios de afrescos antigos, na abside atrás do altar, que pertenciam à versão antiga da igreja;

• A bonita placa de alto-relevo, no alto da escadaria, representando São Jorge matando o dragão (uma imagem que sempre me encanta quando vejo, seja a versão que for);

• A bizarra Estátua de Brigitta, localizada numa cripta abaixo do coro da igreja. É retratado um corpo feminino em decomposição, como símbolo da impermanência (que “nada é eterno”). Diz a lenda que o escultor, ao ser condenado por ter matado sua namorada, a retratou da forma que seu desespero o fazia enxergá-la naquele momento, antes de ser executado: um corpo morto, se desfazendo.

Interior rústico da Basílica de São Jorge, cheia de relíquias fúnebres

Interior rústico da Basílica de São Jorge, cheia de relíquias fúnebres

O prédio anexo à Basílica de São Jorge era um convento de freiras beneditinas, fundado no século 10 e considerado o mais antigo da Boêmia. Desativado no século 18, ele hoje em dia é utilizado como galeria de arte.

Viela Dourada (4)

Outra visita bem interessante do Castelo de Praga é a que fazemos nesta pequena vila localizada na face norte do complexo, com casas de fachadas coloridas e calçamento de paralelepípedos.

Foi criada no século 16 para servir de residência para alguns membros da guarda do Imperador Rodolpho II. Anos depois, acabou sendo ocupada por ourives que fizeram modificações nas construções. Foi por causa deles que o local ficou conhecido como “viela dourada”.

Passear por ali é como ter entrado numa máquina do tempo e ter sido transportado para séculos atrás. Não só pelo aspecto das casas, mas principalmente pelo interior delas. Algumas são lojas e outras possuem representações de como aparentavam em outras épocas. Um barato!

Logo na chegada, ao lado do n.º 23, vemos a entrada da primeira casa, onde há uma armadura medieval na porta. Subindo a escada, encontramos uma belíssima exposição de armas e armaduras medievais no 2º andar.

A graça da visita à Viela Dourada é entrar nos estabelecimentos e descobrir o que eles tem a nos mostrar dentro do seu minúsculo espaço interior. Alguns destaques:

Casa 22 – Quem vê essa casinha azul fofa não imagina que entre 1916 e 1917 morou nela o famoso escritor tcheco Franz Kafka. Hoje é uma lojinha de livros;

Casa 20 – É a única casa da viela que ainda mantém a fachada com a aparência mais próxima da original. Dentro, funciona uma loja que vende cristais da Boêmia;

Casa 15 – Há uma representação de como era a casa de um dos ourives que viveram ali. Destaque para os móveis e os instrumentos utilizados por eles, além do minúsculo espaço em que moravam e trabalhavam;

Casa 13 – Há uma representação de como era a casa de um guarda do palácio, quando eles habitavam a vila antes dos ourives. Destaque para o arco demarcado na fachada do edifício, mostrando que as casas daquela viela foram construídas dentro dos arcos da antiga muralha, lá nos seus primórdios.

Viela Dourada. Lá há um museu de armaduras e representações das épocas em que era a casa da guarda (esq inferior) e de ourives (dir inferior)

Viela Dourada. Lá há um museu de armaduras e representações das épocas em que era a casa da guarda (esq inferior) e de ourives (dir inferior)

Deste ponto, entramos na casa 12 e descemos uma escada até um terraço que dá outra bela vista de Praga. E lá, encontramos também a atração abaixo.

Torre Dalibor (5)

Uma das que fazia parte da antiga muralha medieval, ela ficou famosa por abrigar uma prisão no seu subsolo.

Torre Dalibor

Torre Dalibor

É possível visitar o seu interior, onde encontramos o calabouço com uma exposição de objetos de tortura.

O nome dela se deve ao seu prisioneiro mais ilustre, Dalibor de Kozojed, um jovem cavaleiro condenado em 1498 por ajudar vassalos revoltosos contra o regime trabalhista imposto pelo governo na época.

Há uma lenda que diz que Dalibor conseguiu um violino e ficava tocando-o no cativeiro, o que encantava todos que estavam próximo à torre – vindo a ser parte da história do bairro que estava imediatamente abaixo da torre. Uma espécie de “trilha sonora” do local.

O final da visita

Depois da visita à Torre Dalibor e ao terraço dos fundos do castelo, fiz o trajeto todo de volta até sair na entrada principal do castelo (EP) onde segui caminhando até o Loreto.

DICA: Acabei ignorando um dos passeios bacanas do local, por receio de perder a hora do Loreto, que é a visita aos Jardins Sul. Eles ficam abaixo do castelo, na encosta da colina que liga o complexo ao bairro de Malá Strana. Vendo fotos depois do meu retorno, fiquei com vontade de voltar lá pra conhecê-los, pois são lindos.

Atrações que não visitei no Castelo de Praga

O ingresso que adquiri não incluía todas as atrações do complexo (eram só mesmo as principais). Mas se for do seu interesse, eis as que não visitei:

Galeria de Pinturas do Castelo de Praga (6) – Próximo à bilheteria está uma galeria que expõe as obras de arte que pertenciam aos governantes desde o século 16. São telas de artistas como Ticiano, Veronese, Rubens, dentre outros.

Capela da Santa Cruz (7) – Localizada no 1º pátio (P1), ela foi convertida em um museu chamado Tesouro da Catedral de São Vito, que traz uma exposição de itens valiosos e relíquias de santos católicos que estavam na colossal catedral.

Torre da Pólvora (8) – Essa torre, que fica na face norte do castelo, já foi de tudo um pouco: torre de defesa, oficina de ferreiro, casa do sacristão da catedral, laboratório de alquimia e depósito de pólvora (cuja explosão, no século 17, acabou dando nome à ela). Hoje abriga um museu militar.

Exposição da História do Castelo de Praga (9) – Localizado dentro do antigo Palácio Real, ele traz, como o nome sugere, uma exposição falando da milenar história do complexo.

Palácio Rosenberg (10) – É um palácio em estilo renascentista, construído no século 16, que chegou a abrigar uma instituição de caridade no século 18 chamado Instituto Noblewoman. Ele foi abolido para dar lugar ao gabinete do Ministério do Interior e hoje abriga uma exposição que fala sobre a instituição que funcionava ali – que pode ser apreciada junto com os salões do palacete.

Os tipos de ingressos para visitar o Castelo de Praga

A administração do castelo oferece algumas opções de bilhetes de acordo com a preferência do visitante.

Tem uns que preferem só visitar a Catedral de São Vito, outros querem ir à viela e Torre Dalibor, ou aqueles que preferem ir a todas as atrações disponíveis.

Entrada principal do castelo

Entrada principal do castelo

No meu caso, acabei optando por um ingresso mediano, que permitia a visita às atrações principais do complexo, excluindo basicamente os museus de arte. Como relatei na introdução do post, eu ainda tinha que visitar o Loreto naquele mesmo dia e precisava ser sucinta.

O ingresso que escolhi, como já falei, foi o Circuite B, que incluiu a Catedral de São Vito, o Palácio Real, a Basílica de São Jorge, a Viela Dourada e a Torre Dalibor.

Mesmo que você não faça nada correndo, esse seria um ingresso interessante de ser adquirido, pois a menos que seja muito fã de obras de arte, é o que permite ver todas as atrações principais do complexo.

O bilhete mais completo é o Circuite A, que permite todas as atrações do Circuite B e mais a exposição da história do castelo, Torre da Pólvora e o Palácio Rosenberg.

Há ainda o bilhete Circuite C, que inclui APENAS a visita ao Tesouro da Catedral (na Capela de Santa Cruz) e a Galeria de Pinturas do Castelo de Praga.

Posso fazer o meu próprio “circuite” e escolher qual atração quero visitar, comprando bilhetes avulsos?

Mais ou menos. As atrações principais não possuem ingresso avulso, exigindo que o visitante compre um dos combos “circuite” para visita-las. Mas as atrações extras (as que citei no item “atrações que não visitei”) possuem ingressos avulsos ou estão no ticket “Circuite C”.

DICA: Veja todas as atrações que citei aqui no post, faça a sua lista de preferências e veja em qual "circuite" ele se encaixa. E se por acaso alguma atração não se encaixar no combo desejado, aí adquira os ingressos avulsos.

Informações úteis para quem vai visitar o Castelo de Praga

• Para se programar melhor, confira os horários de funcionamento das atrações disponíveis no complexo.

• Confira também os preços dos ingressos (incluindo os “Circuite” e os avulsos) disponibilizados no site oficial.

Quer tirar fotos dentro das atrações? Tem que pagar! É cobrado CZK 50 (preço de Fevereiro de 2016) para adquirir a autorização – que tem que andar conosco, caso algum fiscal nos aborde. E apesar disso, ela não é válida na Exposição da História do Castelo, no Tesouro da Catedral e na Galeria de Pinturas (onde NÃO é permitido tirar fotos).

• Você pode fazer um tour guiado ou mesmo alugar um audioguia para visitar o castelo. Infelizmente, nenhum dos 2 tem a opção do português. Confira as informações sobre isso no site oficial.

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Galeria de Fotos:

10 Comentários
  1. vyrginia da cruz rodrigues

    Precisa comprar o ingresso com antecedência ou é tranquilo comprar lá?

    • Fernanda Rangel

      Oi, Vyrginia!
      Comprei lá na hora sem problemas. Mas fui numa época considerada como baixa temporada (maio).
      Depende da época que vc for, mas já te digo que o local é amplo e creio que não deva ficar tão lotado a ponto de ter que comprar com antecedência. Mas também não saberia te dizer com 100% de certeza como seria na alta temporada…
      De qualquer forma, o site oficial disponibiliza um link de um outro site que parece vender o ingresso e que faz o trâmite em tcheco.
      Abs

  2. Leo

    Estarei em Praga com marido e filha adolescente de 14 anos em julho. Vc acha que vale a pena comprar o Prague card? Ele dá direito a furar filas e a visitar o castelo? Obrigada.

    • Fernanda Rangel

      Oi, Leo!
      Não usei o Prague Card em minha visita a Praga (não valia muito a pena para o roteiro que eu fiz na época). Teria que fazer as contas pra cada caso e pode ser que pro seu roteiro seja vantajoso… Depende muito do que vcs vão visitar e dos deslocamentos que farão. Tem que somar os valores dos ingressos das atrações que vcs visitarão (inclusas no passe) e o quanto vcs gastariam de transporte. Se o total der maior que o preço do Prague Card, então é melhor adquiri-lo.
      Lembrando que nem todas as atrações são cobertas integralmente pelo Prague Card (em algumas ele só dá desconto. Veja aqui).
      A entrada no Castelo de Praga é gratuita, qualquer pessoa pode passear pelas dependências sem pagar nada. Mas se tiver que entrar nas atrações (Catedral São Vito, Palácio Real e etc) vai precisar passar o ingresso numa catraca. Ou mostrar o Prague Card.
      Abs

  3. Wanderlan

    Estou “devorando” todo o conteúdo sobre Praga e estou adorando a riqueza de detalhes com que vc escreveu. Poxa, parabéns! Estava procurando um conteúdo assim completo e achei aqui. Vou em Maio também, faremos Praga, Viena e Budapeste. Em Praga, serão 3 dias inteiros. Gostaria de fazer uma atualização: O circuito B que vc pegou não inclui mais a Torre Dalibor. No site oficial diz que inclui: Old Royal Palace, St. George‘s Basilica, Golden Lane e St. Vitus Cathedral. E custa 250 CZK. Já o circuito A acrescenta àqueles: Exhibition The Story of Prague Castle e Rosenberg Palace, e custa 350 CZK.

    • Fernanda Rangel

      Oi, Wnaderlan!
      Eu que agradeço o elogio e o aviso! Vou fazer a modificação no post. 😉
      Fico muito contente pelos posts estarem sendo úteis para o seu planejamento.
      Grande abraço!

      • Wanderlan

        Oi Fernanda!Posso explorar um pouco da sua lembrança? O hotel que eu vou me hospedar lá fica bem perto do que vc ficou. Vc usou o Tram 22 pra chegar ao Castelo, descendo em Pražský Hrad . A pergunta é: vc lembra qual o ponto de origem, ou seja, onde vc pegou o tram? Vc só disse que ficava perto da Praça Venceslau. Obrigado e que vc continue ajudando viajantes através dos seus fantásticos relatos. Abração!

  4. suzy Freitas

    Oi, Fernanda! Estou montando meu roteio em Praga. Vou passar 3 noites, mas só terei dois dias e meio. Anotei todas as suas dicas do roteiro e da visita ao Castelo. Consultei o site do Funicular para subir a Colina de Petrin e estará funcionando no final de maio (apenas em dois períodos de 2019 ficará interrompido para manutenção). Super obrigada por compartilhar tão detalhadamente sua experiência. Um abraço.

    • Fernanda Rangel

      Oi, Suzy!
      Eu que agradeço o elogio!
      Fico muito contente pelos posts terem ajudado no seu planejamento.
      O funicular do Monte Petrin andou fechado um bom tempo. Bom saber que está voltando, pois a subida é “de respeito”. Fazer a pé é tarefa para maratonista! Rsrsrs…
      Grande abraço!

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